Foi num dia quente, no fim de Setembro que ao sabor do crepúsculo eu "desnasci" para nascer, pois nesse dia, nesse entardecer, tu apareceste.
E no exacto momento em que te vi, renasci, para uma nova vida, com o mesmo corpo mas agora envolto em sentimentos que até então desconhecia.
Fizeste disparar os alarmes do meu coração, o amor à primeira vista aconteceu, mesmo ali, em duas pessoas que não acreditavam nesse tipo de amor.
Eu ouvi a explosão dentro de nós e desde aí tudo se alterou, as emoções apareceram e nós construímos outras identidades com base no que nos tornavamos a cada dia, tu modificaste-me e eu modifiquei-te.
Assim de repente, o inesperado destino ensinou-nos a amar, como nos filmes, mesmo ao estilo "hollywodesco". Algo quase inreal, pelo menos para mim que ainda hoje não percebo com tanto sentimento cabe no peito.
E um coração apaixonado não vive no plural.
Não me peçam para deixar o meu coração pendurado à janela e seguir em frente com a vida...
não quero. não posso. não devo. não consigo. não me apetece. não e não e não.
De tudo o que te ultrapasse, eu só quero amizade e nada mais, será que é pedir muito?
Irrita-me que os amigos confudam as coisas, se encantem com as minhas imperfeições e depois saiam lesionados, entristece-me perder amigos por causas do coração.
Para não se magoarem eu procuro me afastar, quando eles não se afastam por si.
Perturba-me a insistência de alguns e mais que isso perturba-me ver nos seus olhos um sentimento demasiado especial.
Eu sou a pessoa errada para eles e não se deve de amar as pessoas erradas.
Tento fazer constantemente novas amizades que no inico até parecem que vão funcionar, pessoas que aparentam distinguir as coisas, pelo menos não existem elogios e afins, mas depois vem a aproximidade e com ela o sentimento que me assuta ainda mais porque crio elos de ligação tão fortes que custa largar, mas que começo a pressentir que o melhor é fugir é dar espaço antes de magoar quem não devo.
Amizade pura e nada mais que isso.
Tu sabes como sou imperfeita e eu sei como és imperfeito e mesmo assim à sombra do amor, achamo-nos perfeitos, afinal o amor é cego, mas isso é uma coisa nossa, mais ninguém nos deveria encarar dessa forma, tipo seres alucinados que procuram a dor quando vivem num mundinho impecável onde podem facilmente encontrar quem defenitivamente os mereça.
Já perdi pessoas imperdíveis, quando as vejo a passarem por mim na rua, sofro calada por saber como a amizade nos abandonou em prol de nada. Não quero que a cena se repita com outro imperdível, mas temo que quereres não interessem para nada nestas situações, porque tudo parece que acontece na mesma.
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