...Oh se faz favor queria uma boa dose de praia e 3 meses de férias.
É sempre tão bom rever-te.
Especialmente quando estavam todas a probabilidades contra isso.
3 meses já era tempo demais.
Naquele bar semi-vazio em mais um patético sábado à noite ela engolia sorrisos postiços e silêncios amargos, que não dissolviam no estômago. Era tão cansativo sobreviver de fachadas, quando tudo o que tinha no peito guardado era um saco pesado de solidão azeda como fel e as palavras por dizer ardiam na garganta, sufocavam, asfixiavam, roubavam toda a sanidade emocional porque às vezes, os sentimentos tem destas coisas quando não temos em nós a capacidade de os exteriorizar.
Para ela o mundo era quadrado com varandas de aparências.
E de que adiantava rir ou fazer piadas, se o espirito vageava perdido num desatino exestencial.
Saturada de estar ali feita fantoche humano de duas caras a consumir momentos ocos, ela cronometrava o tempo numa contagem decrescente para a hora de fugir para longe daquele lugar de baruho e conversas paralelas.
Ali ela não era ela, era quem fingia ser.
Precisava de assumir o seu papel, atingir o seu patamar de superioridade no grupo dos que se acham mais e melhores. Mas ela não era assim.. era frágil, humana, sentimental e cheia de problemas a precisarem de solução urgente.
Olhava em volta e advinhava em cada rosto dois lados do mesmo ser, todos (salvo raras excpeções) ocultavam o seu lado lunar, o seu lado mais negro, querendo fazer tansperecer emoções que não sentem. Gente que acredita ser uma raça superior só por manter distâncias confortaveis, ou por fazer jogos desumanos com os sentimentos alheios, jogos de poder que no final de contas só os desvalorizam enquanto pessoas.
Era tão aborrecido suportar com o libido dos rapazes que enquanto camuflavam o desejo na mais perfeita mascara da amizade a sondavam inquietos tentando a aporximação e para a jovem sobrava sempre a mesma parte da história enxotá-los como às moscas.
Eles continuavam com conversas que se assemelhavam a ruídos irritantes, uma espécie de zumbidos, aos quais lhe apetecia responder num grito estridente o quanto amava outro ser e que isso a preenchia por inteiro, queria também explicar-lhes que uma entrega carnal para ela (pelo menos) não se tratava de um desporto, ou de um hobbie. Sexo não era para si como uma ida ao ginásio, implica tantas outras coisas, tipo sentimentos de uma dimensão incalculavel. E sentimentos não só palavras soltas que se dizem na hora, são emoções que se levam pra vida.
A uma dada altura tentava somente manter um dialogo ocasional com a amiga do lado enquanto que no mais profundo de si, viajava longe proncurando entender qual a essência da sua existência, estava ali naquele lugar mas não encontrava satisfação possivel com isso, preferia até estar em casa, no sossego do lar, deitada no sofá a ver tv.
A noite parecia tão despida de si, sem valor, era monotona. Interrogava-se se seria sempre assim ou se a presença dum determinado jovem faria a diferença. Mas não num acreditava que um simples humano altera-se o ambiente ou tivesse tanta importância no seu estado espirito.
Continuou com as suas dúvidas existências até que as respostas a todas as perguntas entrou na sala de passos apertados, olho brilhante e rosto iluminado, era como anjo a entrar de mansinho na confusão dos seus pensamentos.
De repente tudo era claro, tudo era fácil e ameno.
Quando a encarou olho no olho ela pode senti-lo não por um gesto palpável ou por ele lhe dar em sinais um mapa que a levasse até ao conhecimento perfeito do que lhe fazia bater o coração dele.
Bastou a intensidade com que o fez ,quando enterrou os olhos no sorriso dela, ele puxou lhe a alma para si. Ela sentia-se nua em praça pública, sentia-se exposta por ter saído for do corpo somente para escutar mais de perto aquele batimento cardíaco.
Ela imóvel esperou que a sua alama regressasse ao seu corpo e quando a sentiu de volta, estava mais leve, mas suave, e nesse momento ela pressentiu que ele era tudo para si, tinha nascido para ele e por ele.
Peças do memso puzzle que se encaixam numa inreal sintonia.
Sim o ambiente mudou pelo menos para si, já tudo valia a pena.
As posturas que as pessoas assumiam já não a incomodavam do memso jeito e com ele vinha à tona o seu eu verdadeiro e era superior mesmo assim, porque tinha problemas no fundo ele era um dos seu mais importante sproblemas mas sabia-lo de forma instintiva e inracional que era o mundo dele e ele o mundo dela.
Poderia meio mundo duvidar mas a verdade é que os dois sentiam com certezas a quem perteciam o que queriam.
Poderiam até não se ter nem hoje nem amanhã, mas sabiam-lo de total consciência que um dia os destino faria as suas vidas se cruzarem por inteiro e aí tudo sria diferente.
Eu odeio as aulas de condução em que tenho de contornar passeios.
Eu pura e simplesmente odeio. Mas mais irritante é que tenho mesmo de aprender a fazer isso.
..definitivamente a pena ficar a contar todas as velhas cicatrizes do coração.
..viver no passado sem gozar o presente.
Tantas frases por dizer.
Tantas emoções por classificar.
Sentimentos enclausurados no peito por não ter como exorcita-los.
Bastava falar, para aliviar.
Bastava escrever.
Mas nem sons, nem palavras são competentes ao ponto de exprimir certas coisas.
Não foram ainda inventadas expressões suficientemente expressivas, nem batptizadas sensações para que as possamos exteriorizar assim como quem cospe pro chão.
Portanto um dia conto-te em gestos, em momentos, a falta que me fazes, a saudade que me causas, a dor que me crias, o desejo que me deixas, o afecto que tenho guardado devotamente só para ti, tudo e tudo e tudo um dia mostro-te num olhar profundo.
Uma corrida interminável. Já se vê a meta, mas mesmo assim ainda está tão longe (longe demais). Falta-me o folêgo, e tenho sede, mas sinto vontade de alcança-la, de vencer (e que vontade). O cansaço é perturbador e ainda demoro algum tempo para chegar ao box, é desesperante. Durante a corrida encontras coisas verdadeiramente agradáveis e vais sorrindo assim como encontras coisas tão desagradáveis que te fazem chorar.
Está quase mas é o fim que mais custa.
Muitos dizem que sou parecida com ela, outros dizem que sou mais a Mulan.
Eu não sei, mas que gosto mesmo é da história do Peter pan é.
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