Os dias nem sempre foram doces, nem sempre foram simples.
Por vezes chorei.
Por vezes ri.
Mas sempre foi feliz.
Descobri com as lágrimas que o segredo era sorrir e dar a vol
ta por cima, esquecer o que faz doer a alma e avançar porque os relógios não param e a vida sempre continua.
Conheci pessoas, muitas pessoas, algumas levarei comigo para a eternidade, outras já nem lembro ao certo como eram e quem eram, o vento levou tantas recordações, mas deixou ficar outras tantas(as mais importantes), aquelas que ainda me aquecem o coração em horas mortas e me fazem abraçar a nostalgia a cada crepúsculo.
Aprendi com cada dia a ser quem sou, a crescer e a fazer me gente grande.
Não sou perfeita, nem nunca tentei ser (mesmo ciente de que devia, porque era o mais correcto, o mais racional).
Mas qual a graça de viver perfeitamente perfeita? A piada da vida está nas suas imperfeições humanas.
Tu por exemplo, foste por tempo demais a minha mais perfeita imperfeição, meu peter pan.
Admirei-te pelas pequenas coisas, por seres quem eras e pelo que eu era contigo.
Desejei o teu sorriso e guardei-o na minha mente para sempre embalado na tua voz rouca.
Amei-te como jamais amarei alguém e no fim da história que nunca começou, fiz promessas ao coração, criei certezas no espirito, metas, objectivos, crenças, medos, dúvidas, fobias, memórias, sonhos, juras.
Sim porque tudo tem um fim até o que parece eterno encontra um ponto final.
Independependetemente do rumo que a vida tomou no livro da minha existência ficarás como um ser especial. Mesmo desconhecendo o amanhã é assim que te quero ver (especial).
Depois de ti, pensei em fazer diferente.
Queria amigos como sempre quis mantendo posturas e distâncias convenientes, porque acreditava que me havia tornado num bichinho imune ao amor, mas senão fosse o caso não queria voltar a sofrer, contigo já doeu demais (para quê correr riscos?).
Sabia reconhecer a beleza (interior e exterior) mas nenhuma me atraiu a ponto de pensar duas vezes na decisão de fugir das relações. Mas bem que me disseram "quando o destino chegar tu vais poder fugir mas nunca te esconderes", bati o pé (como criança pequena fiz birra e acreditei que era eu quem decidia).
Mas logo o destino chegou mesmo, de mansinho, num dia casual, mostrou me o humano que me ia deixar o mundo ao contrário, ali estava ele ao pé de um bocadinho bem distante de um passado que eu já nem lembrava existir.
Naquela noite não liguei, dei as costas pró destino, nem o senti. Mais noites vieram, atrás das noites os dias e quando reparei aquele humano já tinha passado de um estranho a um amigo, estava sentado ao meu lado à sombra escura duma arvore com a lua pendurada bem no alto do céu, ele tocou-me, abraçou-me, pousou os lábios no meu rosto frio e com um suave beijo fez-me sentir o destino.
Já tinha deixado as coisas ir longe demais, as conversas calmas, os diálogos controversos, haviam se tornado em afectos puros.
Recordei todas as emoções, a apatia, a irritação e até que chegou a atracção.
Com essa percepção o meu espirito correu, correu quanto pode (queria fugir, tinha medo) mas era como dar voltas e voltas na mesma esfera (chegava sempre ao mesmo ponto).
Chamamos de amizade no inicio e agora ainda chamamos (mas será que ainda é só isso?)
Os dias passaram e as horas vividas a dois aumentaram.
Telemóvel.
Internet.
Vida real.
Sabes quantos momentos já passei com ele? não? nem eu, já lhe perdi a conta, foram tantos e tão bons.
O primeiro beijo aconteceu entre sorrisos, apanhou-nos de surpresa e de surpresa tudo começou.
Vieram outros, muitos outros.
Os dias continuam a passar e as horas vividas a dois sempre a aumentar.
Telemóvel.
Internet.
Vida real.
Agora coleccionamos músicas (as nossas músicas), coleccionamos momentos (os nossos momentos).
As pequenas grandes coisas já estão eternizadas em mim.
Porque quando lhe digo que não quero saber do futuro não estou a ser fria, estou a ser o mais sencível do que ele ou alguém pode imaginar, estou a confessar que tenho fobia do futuro, porque sinto me a perder toda a maturidade, toda a racionalidade, e tenho medo do perder, já estou viciada nele, nas suas palavras e nos seus carinhos.
Valorizo a imperfeição mas sinto-me a ultrapassar as suas barreiras.
Sinto que não estou ainda preparada para suportar o peso de uma relação mas eu adoro-o e pergunto-me se ainda sei como é viver na solidão dos afectos e dos sentimentos sólidos.
A melhor amiga diz " Aleluia. apareceu alguém depois dele. aleluia alguem te fez bater o coraçao sem ser ele"
Mas quando eu o olho nos olhos e vejo aquele azul perdido ao longe em pensamentos tristes, penso que nao quero nunca nunca pertencer a essa classe de pensamentos. Aqueles olhos nao foram feitos para chorar, mas sim para rir e gargalhar.
Quando ele ri parece que estou a abraçar o mundo mas quando o olhar entristece as lagrimas tombam me no rosto (é inveitavel), o estomago aperta de fininho e eu tenho a certeza que não o mereço, é um ser extraordinario (como poucos, é duma raça já em vias de extinção).
Desconheço o amanhã, e também sem saber ainda o que vou decidir (apesar dos muitos esboços que fiz) sei com certezas que do lado esquerdo do peito vou sempre encontrar aquele cheiro adocicado que lhe lateja na pele morna, vou sempre encontrar o aconchego do seu abraço apertado, do seu beijo quente e tão emotivo, vou encontrar sempre todos os dias aquele porto de abrigo (basta procurar com jeitinho no fundinho do coração), a lembrança daquele sorriso onde cabe o mundo também lá vai estar e é assim que me quero lembrar dele ao som de uma balada (Halleluja talvez, ou a intemporal eternal flame), vou ainda conseguir ouvir naquela voz de menino ele a dizer que sou extraordinaria e por breves segundos eide acreditar. Vou poder encontrar também do lado esquerdo do peito a memória desfocada daquele olhar perdido e aí vou chorar e então aí também ele me fará estar distante, voar longe do corpo para o passado.
Aconteça o que acontecer. Quer amanhã faça sol ou mesmo que faça chuva. Nada disso altera o pretérito perfeito da vida de alguém. E um dia no futuro eu lembrarei o meu passado e encontra-lo-ei a ele rodeado de emoções e sentimentos. Mesmo que por este ou aquele motivo a mente não consegua alcançar a velhas memórias sei que concerteza o coração conseguirá.
E então a alma sentirá que mesmo nas lágrimas foi feliz ao som de uma balada.
Se pudesse fazer da minha vida uma banda sonora ele tal como tu tal como outras pessoas especiais já teriam umas quantas musicas so nossas a abençoar cada momento vivido.
Desculpa confidenciar isto mas não é para te ferir (porque te ferir é como me ferir a mim própria) mas foi sim para confessar que a vida corre e o que eu decidir não sei se estará correcto, se será a opção mais acertada mas será certamente aquela que eu acho que será a melhor para ele, pois neste ponto das nossas vidas nem tu nem eu interessa, somente ele (o meu pequeno princepe).
Um dia quando ele olhar par atrás não gostava que visse uma macha negra, que desejava apagar, gostava que encontrasse a certeza de que o adorei muito, e que ele foi para mim um presente que a vida me deu, quero de verdade que quando me recordar nasça nos seus lábios (nos seus olhos) um sorriso enorme. Quero que lembre do meu perfume, das nossas musicas, dos nossos momentos, da minha gargalhada e não queira fugir, se afastar das memórias mas sim por momentos ficar agarrado a elas como uma casa " porque casa é onde nos sentimos bem (assim como o seu abraço, feito à minha medida, é a minha casa hoje)", porque as recordaões se nos fizerem chorar que seja sempre de alegria é assim que gosto de viver e assim que gostaria que ele nos vivesse.
Estou-me a alongar mas é sempre assim quando quero falar tudo o que sinto e as palavras parecem sempre tão curtas no coração.
Carpe Diem.
Hoje sinto-me bem. Não vamos pensar no amanhã até ele chegar. Não quero tomar decisões. Quero viver. Se amanha vieres de mansinho eu volto para os teus braços é lá o meu lugar. Enquanto não voltas deixa me ser feliz assim sem mais nada. Quero evitar no maximo fazer te sofrer, porque tu não entendes que só a ti eu pertenço. Mas agora eu vivo não sobrevivo então deixa-me sorrir. Depois, no futuro quando quiseres eu volto para ti, basta quereres, basta acharmos que o momento certo chegou e nós estamos preparados para viver o nosso mundinho de cartão.
Deixa-me viver no teu abraço (e não quero mais nada na vida).
Deixa-me ouvir a tua voz todos os dias (e não quero mais nada na vida).
Deixa-me sentir o pulsar do teu coração para sempre (e não quero mais nada na vida).
Venham corpos, venham vidas, venham sonhos e sensações que nada nem ninguém me completa, me satisfaz, me faz viver desse jeito que tu fazes.
♥
Era uma vez uma menina pequena, brincava contente na sala perto do jarrão perferido da mãe. Até aí tudo bem, mas derrepente a menina tropeça e bate no tal jarrão, ele não se quebrou, mas no entanto se olhassemos com atenção era visível uma funda rachadela de um dos lados.
A menina desesperou sabia o que a esperava caso a mãe descobrisse, então saiu pé ante pé do compartimento e foi desfarçadamente brincar para outro sitio na esperança que ninguém se apercebe-se daquela fenda, que ela fez no objecto de eleição da mãmã.
As horas pasavam-se mas aquele friozinho na barriga continuava igual, uma espécie de medo, uma espécie de anciedade.
Apesar de pequena tinha a nítida consciência que errou, fez asneira e agora tinha de remediar ou esconder. Sentia-se a corar só com o pensamento das consequências do seu acto inocente.
...
(É assim que me sinto agora como essa pseudo menina pequena. Uma criança vulnerável, inocente, que se entusiasmou e fez asneira e passa as horas assutada na expectativa do ralhete. A diferença é que não errei, não tenho nada a esconder, nem tão pouco tenho motivos para esta anciedade, este nervosismo de ser descoberta, conscientemente não me condeno por nada, nem coisa alguma. Defenitivamente estranha. Parece que a minha mente acordou meia embaceada hoje, tal como o céu.)
O mundo é nosso quando conquistamos os momentos e os eternizamos na memória.
Poderia ter sido diferente.
Poderia ter sido pior.
Poderia ter sido melhor.
Mas foi assim tal e qual.
Temporariamente perfeito.
Deixa-te levar pelo vento.
Corre com a maré.
Isto é só o principio do sempre.
Acredita.
É a crença que nos move.
E as certezas interiores que nos fazem vencer.
Os objectivos alcançam-se com luta e devoção.
Vem vamos tornar a conquistar o mundo cada vez mais e melhor.
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