Por entre um turbilhão de medos e emoções o que sobrou de mim foste tu.
O telefone toca caminho lentamente até ele o nome que vejo no visor faz me sorrir.
O que sobrou de mim foi a saudade da tua voz, a pronuncia caracteristica e aquela mansidão no tom.
Olho pra ti a quilometros de distância e sinto-te perto, tão perto que me aqueces, me enlouqueces, me tranquilizas sem saberes.
É o teu sorriso, o teu abraço distante que sobrou de mim.
Os dias nem sempre são exactos, ou fáceis, às é a solidão que me aperta e não os teus braços, por vezes é essa própria solidão a unica companhia de confiança que encontra numa cidade cheia de gente, mas quando vejo o teu rosto familiar, sinto me em casa, mesmo sem estar.
É estranho, eu sei que somos só amigos, mas eu gostava que deixassemos acontecer naturalmente, é a vida a acelarar-nos e tu a meteres travão e eu não te condeno, apenas quero estar à altura de tudo isto.
Consciencializo-me que sou e sempre fui uma garota mimada, privilégios de ser filha única, mas contigo estou a tentar crescer, respeitando o teu espaço e lutando para ser menos explosiva.
Não quero descobrir apenas os teus desejos mas os teus sentimentos, onde há fumo há fogo, eu sinto o fumo em ti, mas confesso que por vezes me falham as forças e caio insegura sobre um chão de cascalho.
O telefone toca caminho lentamente até ele o nome que vejo no visor faz me sorrir.
(O que sobrou de mim foi a saudade da tua voz, a pronuncia caracteristica e aquela mansidão no tom.
Olho pra ti a quilometros de distância e sinto-te perto, tão perto que me aqueces, me enlouqueces, me tranquilizas sem saberes.
É o teu sorriso, o teu abraço distante que sobrou de mim.
Os dias nem sempre são exactos, ou fáceis, às é a solidão que me aperta e não os teus braços, por vezes é essa própria solidão a unica companhia de confiança que encontra numa cidade cheia de gente, mas quando vejo o teu rosto familiar, sinto me em casa, mesmo sem estar)
Se é que me entendes .. o que sobrou de mim foste tu.
Não num estou dependente de ti (nem de ninguém, sou bicho do mato), apenas me fazes bem e quero te fazer bem. O que por vezes se torna impossível com todas as barreiras que tentas amedrontadamente colocar entre nós.
Afastas-te.
Afastas-me.
Escondes-te por detrás de velhas memórias, ou de dias ocupados, sem quereres perceber que podemos ser horas loucas , mas que basta permitires e podemos ser horas de sossego, apenas carinho ou apenas silêncios, podemos dormir abraçados nem que seja meia hora em frente ao rio, em frente ao mar, um qualquer lugar sossegado, para pousares a cabeça e respirares fundo.
Somos amigos, mas o que temos guardado no peito num é amizade, mesmo que o neguemos podemos sentir um batimento diferente do coração.
Mas rótulos não me fascinam, nem devo satisfações a ninguém a não ser ao meu coração e ao teu, apenas me interessa o que sobrou de mim.. o bom de estarmos juntos (o brilho no olhos, o aconchego do peito, o sorriso ameno).
Não preciso de ouvir ou fazer promessas, nem quero, apenas te quero viver aqui e agora, sem tantas reservas ou receios.
Gostava que largasses essas convicções que não são dogmas, para tudo à excepções, eu não te quero por amarras, nem correntes , quero-te livre, só livre te posso viver por inteiro, vendo te voar com satisfação, mas não tenho coragem de te pedir nada nem abordar o assunto tenho medos também um deles é que te assustes, e saiaas correndo da minha vida só de tocar neste tema, por isso vou guardando silêncios.
Mas nunca esqueças que sou humana, dum orgulho imenso, que por vezes vai ao chão, mas se levanta, passa-me tudo pela cabeça em horas mortas, mas no fim do dia continuo aqui assim, a gostar de ti, assim tão facil, porque a vida só complicada quando a complicamos.
Há dias que cansam, a boca está quase dormente de tanto rir e os olhos doloridos de tanto pestanejar para aguentar as lágrimas.
Dias em que ela percebe que tem a lista telefónica cheia de desconhecidos, que os únicos numeros que valia a pena ligar se esqueceram que existe, vidas emocionais ou profissionais demasido preenchidas (mas nem tão pocuco condena por isso, gosta demais para o fazer).
Um novo ciclo começa aos poucos, ela sente, um ciclo em que tem de parar de se esconder da solidão por entre noites, com copos meio vazios meio cheios. Há que "pegar o touro pelos cornos", enfrentar de cabeça erguida o facto de estar sozinha, porque é demasiado cansativo lutar para que gostem dela tal como é, demasiado cansativo lutar sozinha por sentimentos de amor ou amizade, é errado comprar vontades a não ser a dela própria para a sua vocação, ela sabe que chegou a hora de se focar forte no emprego, nos estudos, sem deixar espaço para mais nenhum pensamento, mesmo assim se eles vierem ela tem apenas de deitar e dormir (vão passar com o nascer do novo dia), há que aprender de uma vez por todas a lamber as próprias feridas, a secar as lágrimas e virar pedra. Ela reconhece que seria mais fácil se tivesse aquele abraço, ou aquela conversa, mas a vida ensinou-a que o mundo gira à volta do sol e não do seu umbigo, e se gosta de verdade daqueles amigos, então tem de dar liberdade e esperar que parta deles a vontade e necessidade de a procurar, de a ver sorrir ou chorar, de a abraçar.
Ela queria ser mais forte, mais dura, mas parar e olhar à volta implica compreender que não é assim tão perfeito ser-se a ultima bolacha do pacote, é como estar constantemente deslocada na sociedade, como o presente ser o pior sitio pra viver, antes passado, antes futuro mas o presente torna-se sufocante.
É cansativo ter de viver com máscaras, precisava do seu porto de abrigo apenas para cair no silêncio, apenas para sentir paz, o carinho conjugado em verbos mais fortes. É igualmente cansativo procurar sem sucesso esse porto de abrigo dentro de si própria quando olhando pra fora, nem precisa de procurar porque sabe onde ele está dá tem nome próprio.
Se o Karma existe ela está a pagar bem caro o dela.
Vem tudo à cabeça, conversas, emoções, vontades, memórias a curto ou a longo prazo, prespectivas, sonhos.
Sente dentro da mente a voz daquela que mais amou a orienta-la em sussurros, mas parece tão insuficiente, e eis que na cabeça ...mais conversas , emoções, vontades e memórias.
Tem dias que não são nada facéis pra quem os sente e os vive, mas continua a velha máxiam ninguém prometeu que seriam, apenas prometeram que valeria a pena.
Tantos pedacinhos de nada a atormentam que mais parece uma bola de neve que rebola montanha a baixo.
E no fim das contas deita na cama com a cabeça cheia e vida vazia, fecha os olhos por momentos recua semanas atrás e deita naquele abraço, naquele porto de abrigo, e com essa lembrança acalma e adormece, na serena expectativa que no dia seguinte junto com os primeiros raios de sol virão boas vibrações, novas forças para sorrir e estará um dia mais próxima do seu futuro seja ele o qual for.
(to be continued)
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