Prometi a mim mesma que não mais te haveria de escrever nem uma linha, prometi no dia em que partiste e não me falaste quando voltarias, prometi quando me contaste os teus planos e não me incluiste neles porque contavas que ficasse sempre aqui de pé como pedra enterrada na terra indestrutivel por mais forte que fosse a onda. Mas quebrei a promessa por dentro no dia em que te confessei que já não estava a tua espera e te vi chorar para dentro, essas lágrimas que enchem os olhos e se engolem na alma, reconheci a minha dor na tua dor e enquanto te confessava que já não era tua senti-me mais tua do que nunca, senti que o destino nos tinha condenada um ao outro, venha quem vier e a distância que for, o teu sorriso está preso ao meu e a linha da tua vida tem um nó na minha.
Não sabemos ser felizes um sem o outro, as pessoas surgem na nossa vida algumas até com intensidade, mas nada dá certo, nada nos preenche de verdade enquanto tu e eu não estamos lado a lado nada tem verdadeiro sentido, é estranho, doentio até, mas quando me abraças nada define o que sinto e o que de certo também sentes porque me o transmites, o medo, a revolta, a resignação, mas o amor, a saudade, a vontade de ficar, as palavras que teimas em calar e que falam mais que os discursos de tanta gente.
Noutras relações preciso de vender argumentos e gastar saliva em debates eternos entre nós são os silêncios que mais falam e sempre assim foi, desde o primeiro olhar por entre a multidão. É inexplicável como mesmo longe no turbilhão desta vida envolvido em incertezas me dás tantas convicções, tanta força, tanta sede de ti.
Tenho um mundo aos pés mas só de ti sinto falta, uma necessidade louca e incontrolável e toda a minha vida aponta na tua direcção de todos os caminhos sem luz que posso seguir só o teu caminho brilha na escuridão dos dias.
Sabes tenho saudades de te prender em mim, de conversar contigo, nesse teu jeito meio calado sempre sabias dizer a coisa certa, e depois tens aquela maneira meia fria e racional de lidar com tudo mas sempre me protegias, me controlavas, me vigiavas discretamente, sem eu dar conta vivias atento a cada passo que dava e mesmo agora basta um suspiro meu que moves montanhas por mim, sem mentiras, sem rodeios, sem omissões só porque me sentes aqui comoe u te sinto mesmo que digamo o contrário estamos e estaremos aqui, poderemos tecer as mais loucas hisorias e juras de amor a outras quaisqueres entidades que surgam na nossa vida mas tudo é ilusório, no fim das contas acabamos sempre sozinhos e no fim de tudo um com o outro. Chamem-lhe Karma, Darma, Destino, seja o que for ou a nomenclatura que tiver a realidade é que no fim de cada dia é teu nome que eu chamo, escondo-me refugi-o, fujo, pra outros nomes, outros corpos, outros abraços outros sentimentos, mas adormeço sempre embrulhada nas nossas memórias e em como me fazes falta, ninguém é tão perfeito como tu, me valoriza como tu, me enche como tu. então digo te numa prece sentida ... volta. Volta para mim. Volta rápido. Toda esta ausência se tornou insustentável, nem contigo (pela metade), nem sem ti. Finjo que esqueço o teu nome mas é na solidão das horas que te procuro e percebo como por mais que finja és tu quem me dá alento e me motiva para tudo o resto na minha vida, pequenas injecções de felicidade que me estimulam para conseguir sorrir por semanas. Até já meu amor, aqui te espero como ontem, como hoje, como sempre (faça as confissões que fizer).
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