Decidi escrever apenas para te contar como têm sido os dias desde que saiste da minha vida.
Lê com atenção (relê se precisares) mas sente cada linha com alma e coração.
Entro em casa e já não somos três, somos cinco, agora elas namoram, vou ao meu quarto procuro por ti, para sermos seis (como antigamente), então tranco a porta, deito-me na cama e tento adormecer sem pensar na solidão.
Tem dias em que sozinha no quarto ouço a campainha, ouço os risos, mais tarde uma cama a chiar e as lágrimas caiem, porque me lembro quando também nós eramos assim, quando vinhas de mansinho e fazias do meu quarto o nosso mundo e entre gargalhadas e orgasmos eramos felizes.
Às vezes dá uma vontade imensa de ir ao cinema, procuro as estreias e os filmes em cartaz, mas logo desisto da ideia pois já não tenho a tua companhia.
Os problemas aparecem preciso de desabafar e dum abraço apertado, mas fecho os olhos e sorrio à espera que passe a dor e tristeza, porque o teu aperto e as tuas palavras eu ja não posso ter.
Vem a chuva, a trovoada, recordo como tudo começou, penso em ligar-te e choro porque sei que isso já não representaria nada para ti.
Agora tomo atenção ao que como, pois sei que se adoecer já não tomas conta de mim.
Engulo as tuas mentiras fingindo que acredito apenas para não ter de me chatiar contigo e te perder de vez e para sempre.
Não te amo. Não te amei. Não sei algum dia te amaria. (possivelmente nunca senti mais do que o que sinto porque não quiseste que isso acontecesse).
E no meio de tudo isto não te tenho, não existes como o meu porto de abrigo, e também perdi quem mais amei e a mamã nao está aqui para proteger, para dar colo, para apoiar, para abraçar, para me levantar. Poderia desaparecer ninguém sentiria a minha falta, ninguém precisaria de mim. E no fundo é mesmo o que me apetece fazer, fugir para qualquer lugar, nascer de novo.
Jogas com a minha vida como se joga xadrez. ODEIO-TE ... mas tenho saudades, tantas saudades por entre o ódio.
Não sei o que diga, não sei o que faça, so consigo sentir e sinto demais.
WECOME TO MY LIFE.
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