Acreditava que eras a pessoa certa em mil, que não adientava procurar porque te tinha encontrado e amava-te mas e tu?
Será que amas todos os dias? Quando acordo de mau humor e despenteada amas-me? Quando deixo queimar o jantar ou esqueço de fazer o almoço? Amas-me quando estou doente ou deprimida? Quando estou naquela altura do mês ou quando choro cumpulsivamente ou quando cômo de forma desenfreada lambusando-me, sujando-me e sorrindo no fim com aquele pedacinho de comida nos dentes?
Sabes quero mesmo alguém que me ame quando sou eu propria ou quando tudo o que tenho para oferecer é o pior de mim. Alguém que me ame nos meus silêncios, nas minhas birras, na minha tagarelice, nas minhas ironias. Que me ame quando danço mal, quando não paro em casa e quando me isolo. Quero amar alguem que me ame longe e perto, que me ame quando engordo e quando a celulite aparece, que me ame quando aquela borbulha teima em aparecer vermelha mesmo na ponta do nariz. Preciso de amor, mas aquele amor romantico, daquele que gruda, que enjoa, mas que liberta, que faz rir e caminhar sem pisar o chão. O Inverno passou e com ele julguei que a saudade também passaria, mas ela não passou, aumentou, dobrou, triplicou e agora sinto-a de forma sufocante e inebriante, faz me falta aquele nosso amor de cinema, amor de lareira, amor de praia, amor de hotel, amor de discoteca e de padaria, amavamo-nos em todo lado com toda a emoção, em qualquer circuntancia e o que eu queria agora era esse amor, de ficar colado, agarrado, abraçado, sem palavras, com milhoes respirações e batimentos cardiacos suaves embrulhados em cafunés até adormecer. Ama-me de novo e para sempre.
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